Novo CCT nos têxteis <br>rompe bloqueio

Ao cabo de dois anos de bloqueio imposto por todas as associações patronais à negociação dos contratos colectivos de trabalho (CCT) do sector, a Federação dos Sindicatos dos Trabalhadores Têxteis, Lanifícios, Vestuário, Calçado e Peles de Portugal (Fesete) chegou a acordo com o patronato sobre o CCT para 2014 nas empresas de têxteis-lar e lanifícios.
Num texto publicado no seu portal, a Fesete/CGTP-IN, considera que, nesta negociação, assumiu papel determinante «a unidade e a capacidade dos trabalhadores organizados nos sindicatos» para defenderem os seus direitos e lutarem por melhores salários e novos direitos, bem como o facto de as empresas do sector manterem, em 2013 e 2014, «elevados níveis de actividade, com resultados positivos nas exportações e nos lucros».

Apoiando-se nas «políticas e medidas de retrocesso social do Governo», que tudo fez para destruir os CCT, o patronato procurou, nas negociações, atacar os direitos e a retribuição anual dos trabalhadores, aumentando a adaptabilidade de dez para 20 sábados, reduzindo o valor do trabalho suplementar para o mínimo legal, acabando com a majoração das férias ou aumentando a penalização por faltas injustificadas.

É neste contexto difícil que a Federação sindical salienta a importância do que foi alcançado: o rompimento do bloqueio às negociações desde 2012; a salvaguarda dos direitos essenciais dos trabalhadores; a eliminação da discriminação de género nalgumas normas; um novo regime de laboração, com quatro turnos diários de seis horas e 36 horas semanais; um novo regime de majoração das férias; novos valores para o pagamento do trabalho suplementar e novas tabelas salariais – que ficam aquém das possibilidades das empresas, mas que devem ser um ponto de partida para a reivindicação e negociação em cada empresa.




Mais artigos de: Trabalhadores

Agosto também é de luta

A perpetuação do roubo dos salários e das pensões e a estratégia do Governo para fazer passar desapercebidos, na canícula, alguns dos mais graves ataques aos direitos não vão ficar sem resposta.

Trabalhadores contestam rumo de destruição

Uma concentração frente à sede da Metro do Porto denunciou a entrega das oficinas da EMEF de Guifões à Refer, que poderá levar ao seu encerramento e ao despedimento de 60 trabalhadores.

Em luta contra a exploração

Trabalhadores da Administração Pública com contratos de emprego-inserção concentraram-se frente ao Ministério do Emprego para dizer «basta» à exploração e exigir trabalho digno e com direitos.

A luta dá resultados na CML

Terminaram no dia 21, numa reunião mantida entre o Sindicato dos Trabalhadores do Município de Lisboa (STML) e a Câmara Municipal, as negociações iniciadas a 12 de Junho, na sequência da luta levada a cabo pelos trabalhadores.Em comunicado, o sindicato afirma que, fruto do longo...

Luta forte nos CTT

O Sindicato Nacional dos Trabalhadores dos Correios e Telecomunicações fez um balanço «francamente positivo» da primeira semana de greves parciais nas três centrais de tratamento de correio (centros de produção e logística do Sul,...

Hoje, em luta

LUSA Uma delegação da Fectrans desloca-se às instalações da Autoridade para as Condições do Trabalho para se tentar reunir com o inspector-geral. Em causa está a necessária intervenção da ACT face à...